Mitologia Grega - Cosmogonia e Teogonia
Teogonia (em grego, Θεογονία [theos,
deus + genea, origem] - THEOGONIA, na transliteração), também conhecida por Genealogia
dos Deuses, é um poema mitológico em 1022 versos hexâmetros
escrito por Hesíodo
no séc. VIII a.C., no qual o narrador é o próprio poeta.
O poema se constitui no mito
cosmogônico (descrição da origem do mundo) dos gregos, que se desenvolve
com geração sucessiva dos deuses, e na parte final, com o envolvimento destes com os
homens originando assim os heróis.
Nesse mito, as deidades
representam fenômenos ou aspectos básicos da natureza humana, expressando assim
as idéias dos primeiros gregos sobre a constituição do universo.
A progressiva gênese do universo
da desordem para a ordem presidida por Zeus começa com os
elementos fundamentais e se desenvolve por seis gerações sucessivas de deuses:
No início Caos, (ou
vazio primitivo) e Gaia
(a terra) conviviam com Tártaro (a escuridão primeva) e Eros (a atração amorosa)
daí sendo gerados (assexuadamente) Hemera (o dia), Nix (a noite), Urano (o céu) e Ponto (a água primordial). Na segunda geração, Urano e Gaia
geraram os Titãs,
gigantes dos quais destacam-se Cronos (o tempo), Oceano (a água doce), Temis (a Lei), Mnemósine
(a memória) e vários monstros míticos. Na terceira geração, Cronos assume o
poder e inadvertidamente dá origem a Afrodite (amor
sensual) relacionando a noite (Nix) com Tânato (a
morte) Hipno (o
sono) e Oniro (os
sonhos). Ponto
origina Forcis
pai de monstros como Górgona, Equidna e Esfinge e Nereu (o mais antigo deus do mar), pai das Nereidas.
Oceano dá vida às Ninfas
dos ventos Métis
(sabedoria) e Hélios
(o sol) e Ceo gera
entre outros Hécate
(a dádiva/magia). Numa última etapa, Zeus destrona Cronos seu pai, altura em que é inserida a lenda de Prometeu, dito
filho de Jápeto.
Mas para consolidar seu poder Zeus teria ainda que lutar e derrotar Tífon filho de Gaia e Tártaro. Daí
até o seu final, o poema trata do relacionamento dos deuses com os homens.
Helena de Troia (filme dublado)
http://youtu.be/AUlTQHVdesM
Homero, poeta épico grego, é considerado autor da Ilíada
e da Odisséia, cuja existência problemática foi cercada de lendas desde
o séc. VI a.C. Heródoto considera-o como um grego da Ásia Menor que viveu
talvez em 850 a.C. A tradição representa-o como velho e cego, vagando de cidade
em cidade e declamando seus versos. Suas obras, recitadas nas festas solenes e
ensinadas às crianças, exerceram profunda influência sobre filósofos,
escritores e até sobre a educação.
Pois
foi Homero que, narrando um episódio da Guerra de Tróia, chamou a atenção
para a lenda, cujo personagem principal é Helena, princesa grega famosa
pela sua beleza. Ela era filha de Leda e irmã de Castor e Pólux. Esposa de
Menelau, foi raptada por Páris, o que acarretou a expedição dos gregos contra
Tróia.
Já
se passaram quase três milênios e a figura de Helena permanece agitando a
imaginação de poetas, escritores, pintores e mais recentemente, de cineastas.
Quem foi essa bela e estranha mulher que conseguiu desencadear uma guerra entre
dois povos?
O
rapto de Helena, que a mitologia grega descrevia como a mais bela das mulheres,
desencadeou a lendária guerra de Tróia.
Personagem da Ilíada e da Odisséia, Helena era filha de Zeus e da mortal Leda,
esta esposa de Tíndaro, rei de Esparta. Ainda menina, Helena foi raptada por
Teseu, depois libertada e levada de volta para Esparta por seus irmãos Castor e
Pólux (os Dioscuri).
Para
evitar uma disputa entre os muitos pretendentes, Tíndaro fez com que todos
jurassem respeitar a escolha da filha. Ela se casou com Menelau, rei de
Esparta, irmão mais novo de Agamenon, que se casara com uma irmã de Helena,
Clitemnestra.
Helena, contudo, abandonou o marido para fugir com Páris, filho de Príamo, rei
de Tróia. Os chefes gregos, solidários com Menelau, organizaram uma expedição
punitiva contra Tróia que originou uma guerra de sete anos de duração.
Após
a morte de Páris em combate, Helena casou-se com seu cunhado Deífobo, a quem
atraiçoou quando da queda de Tróia, entregando-o a Menelau, que retomou-a por
esposa. Juntos voltaram a Esparta, onde viveram até a morte. Foram enterrados
em Terapne, na Lacônia.
Segundo outra versão da lenda, Helena sobreviveu ao marido e foi expulsa da
cidade pelos enteados. Fugiu para Rodes, onde foi enforcada pela rainha Polixo,
que perdera o marido na guerra de Tróia.
Uma
terceira versão diz que, após a morte de Menelau, Helena casou-se com
Aquiles e viveu nas ilhas Afortunadas.
Helena de Tróia foi adorada como deusa da beleza em Terapne e diversos outros
pontos do mundo grego. Sua lenda foi tomada como tema de grandes poetas da
literatura ocidental, de Homero e Virgílio a Goethe e Giraudoux.
©Encyclopaedia
Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Mistura de elementos
Como diz o professor de literatura grega da USP André Malta, autor
de O Resgate do Cadáver. O Último Canto de Ilíada (Estudo e Tradução),
"mesmo sendo ficção, há vários elementos históricos na obra de
Homero". "Os gregos viam os heróis épicos como seus antepassados
longínquos e aqueles fatos como tendo realmente acontecido", afirma o
professor.
"Os vestígios arqueológicos nos mostram que várias Tróias
foram destruídas no mesmo sítio e que a realeza micênica do século 12 a .C. era
muito semelhante à retratada por Homero". E completa: "O fato é que a
Ilíada é uma mistura de elementos lingüísticos, sociais e históricos".
Malta, que só viu um trailer do filme e obteve informações pela mídia,
considera normais algumas das adaptações da Ilíada feitas na versão
hollywoodiana. Para ele, "o filme fez bem" se suprimiu ou diminuiu o
papel dos Deus na história. "Mostrar para o espectador os Deuses em ação é
bastante complicado. Aristóteles já dizia isso."
A.Odisséia. filme (Dublado)
A evolução histórica da Grécia
Antiga conhece quatro períodos (Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico).
Nos dois primeiros, o mito ainda era preponderante na interpretação dos fatos
históricos, sendo que no período Homérico ocorre a dissolução dos génos e a
conseqüente formação das cidades-estado. Esta fase obscura da história da
Grécia Antiga, que se estende do século XII ao VIII a C. é chamada de Período
Homérico porque seu conhecimento é baseado na interpretação de lendas contidas
em dois poemas épicos atribuídos a um suposto rapsodo cego da Ásia Menor chamado
Homero.
No primeiro poema chamado A Ilíada, Homero conta a Guerra de Tróia, mostrando sua tomada pelos gregos. O poema concentra-se na figura do herói Aquiles que se negou a combater os troianos devido a sua cólera contra Agamenon que lhe roubou a escrava Briseida. Somente com a morte do amigo Patroclo, Aquiles volta ao combate. Outro momento importante da obra descreve a tomada da cidade pelos gregos, que sem a liderança de Aquiles usaram da astúcia, e por conselho de Odisseu (Ulisses), construíram um grande cavalo de madeira e esconderam em seu interior os soldados mais valentes, que durante a noite saíram do cavalo e abriram as portas da cidade para seus companheiros destruírem Tróia.
"A Odisséia", descreve o retorno do guerreiro Odisseu (Ulisses) ao seu reino na ilha grega de Ítaca. Essa obra pode ser dividida em três temas fundamentais: a viagem de Telêmaco; as viagens de Ulisses; e o massacre dos pretendentes da esposa de Ulisses, Penélope.
Assim como a Ilíada, a Odisséia é composta de 24 cantos, porém, se a Ilíada descreve um estágio mais primitivo da sociedade, a Odisséia descreve um momento mais estável e pacífico repleto de sucessos legendários. No entanto, uma análise mais criteriosa mostra que a Odisséia mais parece uma compilação de trechos de diversas obras. Apesar de posterior a Odisséia não faz nenhuma referencia à Ilíada. Deve-se também levar em conta que esses poemas foram transmitidos oralmente ao longo de séculos, tomando forma escrita somente em meados do século VI a C. em Atenas durante a tirania de Psistrato.
Por fim, sobre a própria figura de Homero ainda existem grandes interrogações: se realmente existiu, qual sua cidade natal, sua época de nascimento e morte ou se Homero corresponde apenas à sigla de alguma associação de rapsodos, os cantores ambulantes de rapsódias (cantos épicos) na Grécia Antiga.
No primeiro poema chamado A Ilíada, Homero conta a Guerra de Tróia, mostrando sua tomada pelos gregos. O poema concentra-se na figura do herói Aquiles que se negou a combater os troianos devido a sua cólera contra Agamenon que lhe roubou a escrava Briseida. Somente com a morte do amigo Patroclo, Aquiles volta ao combate. Outro momento importante da obra descreve a tomada da cidade pelos gregos, que sem a liderança de Aquiles usaram da astúcia, e por conselho de Odisseu (Ulisses), construíram um grande cavalo de madeira e esconderam em seu interior os soldados mais valentes, que durante a noite saíram do cavalo e abriram as portas da cidade para seus companheiros destruírem Tróia.
"A Odisséia", descreve o retorno do guerreiro Odisseu (Ulisses) ao seu reino na ilha grega de Ítaca. Essa obra pode ser dividida em três temas fundamentais: a viagem de Telêmaco; as viagens de Ulisses; e o massacre dos pretendentes da esposa de Ulisses, Penélope.
Assim como a Ilíada, a Odisséia é composta de 24 cantos, porém, se a Ilíada descreve um estágio mais primitivo da sociedade, a Odisséia descreve um momento mais estável e pacífico repleto de sucessos legendários. No entanto, uma análise mais criteriosa mostra que a Odisséia mais parece uma compilação de trechos de diversas obras. Apesar de posterior a Odisséia não faz nenhuma referencia à Ilíada. Deve-se também levar em conta que esses poemas foram transmitidos oralmente ao longo de séculos, tomando forma escrita somente em meados do século VI a C. em Atenas durante a tirania de Psistrato.
Por fim, sobre a própria figura de Homero ainda existem grandes interrogações: se realmente existiu, qual sua cidade natal, sua época de nascimento e morte ou se Homero corresponde apenas à sigla de alguma associação de rapsodos, os cantores ambulantes de rapsódias (cantos épicos) na Grécia Antiga.
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